quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Portugal Telecom vende participação no UOL para o Hypermarcas

Portugal Telecom vende participação no UOL para o Hypermarcas

:: Convergência Digital :: 30/12/2010

A PT (Portugal Telecom) vendeu sua participação no UOL, maior provedor de internet do país, para uma empresa controlada pelo empresário João Alves de Queiroz Filho, principal acionista do grupo Hypermarcas.

Analistas consideram que o negócio é uma antecipação à decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre a entrada da PT na operadora Oi, que deve se concretizar no início do próximo ano.

Como a Oi é controladora do iG, provedor de internet concorrente do UOL, a PT teria de escolher com quem ficar para ter sua sociedade com a Oi aprovada.

Com a saída dos portugueses do UOL, a companhia continuará sendo controlada pela Folhapar, que mantém seus 54,87% de participação.

A única alteração foi a venda dos 28,78% da PT ao empresário brasileiro. A Folhapar integra o Grupo Folha, que publica a Folha de S.Paulo e o jornal "Agora".

Os valores da transação não foram divulgados, mas se estima que tenha girado em torno de R$ 350 milhões. Para o fechamento do negócio, a Folhapar abriu mão de seu direito de preferência na compra da fatia dos portugueses e, com isso, passa a ter um novo sócio.

Internet

Conhecido como "Júnior", Queiroz Filho construiu, em oito anos, um conglomerado que faturou R$ 2,2 bilhões até setembro deste ano e que possui ativos avaliados em R$ 9 bilhões.

Sua estratégia de crescimento sempre esteve focada em aquisições. Desde seu surgimento, em 2002, já foram 28. A empresa é uma das maiores companhias de bens de consumo, com uma diversificada lista de marcas.

Começou com a lã de aço Assolan e hoje acumula Monange, Paixão, Risqué, Benegrip, Apracur, Doril, Lisador, Engov, Gelol, Zero-Cal, Bozzano, Jontex, Olla, Niasi e Cenoura & Bronze.

Além da Hypermarcas, "Júnior" tem uma empresa que faz investimentos em outras áreas de interesse também por meio de aquisições. É essa companhia que se tornou sócia do UOL, que, por sua vez, acaba de fechar a aquisição da empresa de hospedagem de dados corporativos Diveo.

Uma das marcas mais valiosas do mercado, o UOL é o maior provedor de internet do país e possui ativos de R$ 1,3 bilhão. De janeiro a setembro deste ano, a companhia --que tem ações negociadas na Bovespa-- faturou R$ 589 milhões e registrou lucro líquido de R$ 94 milhões.

Em 14 anos de existência, o UOL conta com 1,3 milhão de assinantes de internet em banda larga e outros 1,1 milhão de clientes pagantes de outros serviços. A empresa também atua no segmento de pagamentos eletrônicos, por meio do PagSeguro, e no comércio pela internet oferecendo soluções para compradores e vendedores.

* Informações da Folha de S.Paulo.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Hoje o Brasil tem mais celular que gente. São 190 milhões de brasileiros e 197,5 milhões de celulares.


O telefone celular está fazendo 20 anos de idade no Brasil. Já foi artigo de luxo para pouquíssima gente. Mas, duas décadas depois, já são 197,5 milhões de aparelhos no país. E pensar que muitas gerações já viveram sem ele. Como?

No Brasil de 1990, quando os primeiros celulares chegaram no país, 700 brasileiros se tornaram os primeiros assinantes da telefonia móvel. Eram proprietários de um aparelho que de portátil só tinha mesmo o nome, com uma bateria enorme e uma antena que não pegava na maioria dos lugares. Mas eram os pioneiros de uma nova forma de comunicação que ia revolucionar o jeito de falar ao telefone.

Em 1997, começaram as privatizações da telefonia. Surgiram várias operadoras no mercado, mais concorrência e tecnologia. A revolução nas comunicações já não tinha mais como parar. “Agora eu dependo do celular, estou com ele na mão porque eu estou trabalhando”, comentou uma senhora.

Hoje o Brasil tem mais celular que gente. São 190 milhões de brasileiros e 197,5 milhões de celulares. “Brasileiro virou dependente de celular, infelizmente”, diz uma carioca.

Na Região Sul, são 105 celulares por cem habitantes; no Sudeste, 111; e no Centro-Oeste, 121 aparelhos por cem habitantes . A maioria (82%) são pré-pagos e funcionam com créditos.

Até bem pouco tempo atrás, entrava-se em uma casa e via logo aquela mesinha com o telefone fixo. Hoje isso está caindo em desuso. A família da administradora imobiliária Ana Lúcia Araújo Victor há dois anos aboliu o telefone fixo e hoje tem cinco aparelhos celulares.

“As pessoas me encontram em qualquer lugar do mundo. Falo dentro do banco, falo na rua, tenho uma irmã que mora na Alemanha”, conta Ana Lúcia. “Eu falo no dia a dia com minha mãe e minhas amigas”, diz a filha.

Dos primeiros “tijolões” aos mais modernos que mandam mensagens, recebem e-mails e estão sempre conectados à internet e às redes sociais, 20 anos se passaram. Uma geração inteira se criou convivendo com essa forma de se comunicar.

“O celular acabou virando indispensável. Eu uso tem uns sete ou oito anos, ou seja, cresci com o aparelho. Então, fica mais fácil de pai e mãe encontrar”, comenta uma estudante.

“Não consigo sair de casa e deixar o celular. Eu volto para pegar, não tem como. Nem passear com cachorro eu vou sem celular”, confessa uma jovem.

“É uma joia, eu acho uma verdadeira joia”, compara um carioca. “Isso aqui é o meu amigo inseparável, amigo de bolso”, brinca um senhor.

G1.